É comum achar que ideias deveriam brotar na nossa cabeça do nada. Aquele momento em que uma lâmpada brilhante aparece, todas as peças se encaixam e a solução surge diante dos nossos olhos, durante o banho ou antes de dormir. Mas infelizmente sua sala de reuniões não tem um chuveiro e o seu chefe precisa neste exato momento de uma solução para o engajamento dos clientes. E agora?
Mas eu não sou um gênio, como vou surgir com uma solução nova? Tudo já foi feito, não tem mais o que inventar!
Aposto que falaram isso quando o homem inventou o carro, e agora estamos quase chegando a Marte!
Todos os dias novas coisas surgem, sejam elas um App em que as fotos somem em 10 segundos, um serviço de carona, um relógio que se conecta com o seu celular ou um canudo comestível. E, vamos combinar, não existem tantos Bill Gates assim.
Para as peças se encaixarem, é primeiro necessário que se tenham peças. Exercitar o seu cérebro a pensar de formas diferentes é essencial para que o insight ocorra, então aqui estão algumas ferramentas para que sua mente consiga gerar ideias criativas e inovadoras:
Repropósito
Pegue um objeto mundano e tente dar outra função para ele. Vire, inverta, abra, feche, explore o máximo potencial desse objeto. Isso auxilia a sua mente a olhar de novas formas coisas com as quais já estamos habituados. O artista Ben Frost utilizou em uma série caixas de batata frita como mídia para seus desenhos. Dá uma olhadinha nesse LINK.
Figuras incompletas
Escolha alguns objetos e desenhe-os com algo faltando – o contorno ou uma peça-chave (uma chave sem seus dentes, por exemplo), de modo que possam ser combinados e recombinados, e a partir daí, tente enxergar e criar coisas novas. Assim você aprende a juntar 2 ideias bem formadas e aparentemente completas para gerar uma terceira. O canivete suíço é um ótimo exemplo de como vários objetos com funções sólidas e completas podem se complementar e formar algo novo, também completo.
Esses dois recursos iniciais podem ser usados efetivamente tanto para solucionar um problema não tão óbvio quanto como exercício mental sem um objetivo concreto. Os próximos são mais indicados para quando se tem um objetivo mais claro, seja ele um problema, uma pergunta ou ideia inicial.
Palavra-puxa-palavra
Com essa dinâmica, você elenca 2 ou mais palavras centrais e, a partir de cada uma, lista palavras por livre associação. É importante que não se pense muito e somente escreva – agora não é o momento de julgar, mas sim de produzir em quantidade. Por fim, escolha as palavras que mais te chamem atenção.
O Mailchimp usou em uma série de campanhas palavras que sonoramente eram parecidas com o nome da marca, em uma série de campanhas esdrúxulas, mas que com certeza chamaram a atenção do público. Olha que bacana:LINK
Mindmap
O mindmap consiste em pôr no papel ideias e questões relacionadas ao grande tema central. Com ele, é possível ver várias linhas de raciocínio diferentes, compará-las, complementá-las e misturá-las. Mariana Colombino utilizou a lógica do mind mapping no vídeo 2 Mundos Sky: LINK
Agora é só aplicar esses novos recursos no seu dia a dia. Faça um mindmap do porquê dos resultados do seu último investimento a curto prazo, reproposite algo no ônibus, faça um palavra-puxa-palavra na sua lista de compras, inverta sua tabela do excel e veja o que mais ela te diz. Logo menos sua lâmpada será formada, e aí é questão de tempo até ela começar a brilhar.
Se você quiser descobrir outras formas de organizar seus pensamentos para maximizar sua produtividade e pluralidade de raciocínio, veja o curso Visual Thinking: Estruture suas ideias de forma visual da Descola.