Você provavelmente já ouviu falar da economia colaborativa ou compartilhada. Melhor, talvez já tenha usado um serviço ou produto desse modernoso e promissor setor da economia sem ter se dado conta. Vamos falar um pouco mais sobre esse segmento econômico que é o futuro dos negócios.
Economia colaborativa é tipo compra coletiva?
Não. Mas seu conceito é bem simples: pessoas passam a trocar produtos ou serviços ao invés de comprá-los de grandes corporações. A força motriz para esse movimento ganhar corpo foi a evolução da tecnologia, que permite nos conectarmos de forma cada vez mais rápida, como bem sabemos.
Outro fator importante é que cada vez mais vivemos em tempos economicamente voláteis. Parte do mundo está saindo de uma crise, enquanto a outra parte parece entrar em uma (enfim, isso é assunto para outro post).
Na prática, a economia colaborativa inclui trocas de bens de consumo que vão desde furadeiras, passando por brinquedos, até vestidos de casamento.
Além dos serviços que já são realidade: em algumas capitais brasileiras, temos o ZazCar (compartilhamento de carros) e o Tem Açúcar? (compartilhamento de diversos itens com vizinhos).
Claro, é verdade que os termos “colaborativo” e “compartilhado” tem sido usados para diversos propósitos. Muitas das coisas que se encaixam na categoria “economia colaborativa” são serviços que antigamente costumávamos chamar por “aluguel”. Sem falar das compras coletivas, que passaram a se vender também como “vendas colaborativas”.
Ok. Mas como entro nessa onda colaborativa? Como isso influencia – e agiliza – minha vida?
Antes de falar dos desdobramentos da economia colaborativa, queria deixar aqui uma dica de um curso muito bacana que fizemos sobre economia colaborativa com a Camila Haddad, do Cinese. Vale a pena conferir.
Nesse curso, queremos te explicar mais sobre esse conceito, transformar a maneira como você trabalha e consome e te inspirar com ideias que te ajude a construir iniciativas, projetos e negócios dentro do modelo Colaborativo. Saiba mais sobre o curso!
A economia colaborativa se desdobra em 3 principais categorias, que possuem modelos de distribuição e remuneração diferentes.
1. Sistemas de compartilhamento de produto/serviço
Simples, pense no Airbnb: bens que são privados podem ser compartilhados ou alugados via plataformas “peer-to-peer”. Outro serviço menos conhecido, mas promissor, é o Muber, que permite que qualquer pessoa seja um “transportador de mercadorias” (courrier). A transação é direta entre quem tem a mercadoria e quem fará a viagem
2. Redistribuição de produtos
Esse é um modelo de consumo colaborativo baseado em produtos que são usados ou semi-novos, cujos donos querem repassar via vendas ou trocas para alguém. Sim, você com certeza já usou algum serviço – mais ou menos – nesses moldes. Falamos aqui do eBay ao MercadoLivre.
Acontece que com a evolução da web e suas plataformas, esse modelo se expandiu para nichos específicos. No Brasil, temos o site Enjoei, no qual pessoas podem vender roupas que não utilizam mais. Essa é considerada por muitos uma alternativa à reciclagem de produtos.
3. Estilos de vida colaborativos
Essa é a subcategoria mais ampla. Consiste no modelo de troca de bens mais intangíveis, como tempo e habilidades. Para funcionar, é necessário conectar pessoas com interesses similares que queiram trocar aprendizados. Vamos supor que você toque guitarra e queira aprender espanhol. Provavelmente, na sua cidade, há alguém que saiba espanhol e queira aprender guitarra. Então, para quê pagar por aulas se vocês podem trocar essas habilidades? Via plataformas como o Bliive, essa troca fica muito mais fácil de acontecer. Há muita gente que troca via Skype e similares também.
Isso é só o começo
Como você pode notar, diversos produtos e serviços, novos e antigos, se encaixam nas categorias da economia colaborativa. O tema é amplo, assim como é cada vez maior a predisposição da população em ser parte ativa desse movimento: uma pesquisa da Nielsen em 60 países mostrou que 2 em cada 3 pessoas querem compartilhar ou alugar seus produtos
Claro, onde há muita gente, há muito dinheiro. O mercado que engloba as categorias acima tem um valor de mercado estimado em U$ 26 bilhões. Mais importante que isso: muitos dos produtos e serviços da economia colaborativa empoderam cidadão comuns, seja permitindo que suas habilidades sejam valorizadas ou garantindo renda extra.
E você, já usou algum produto ou serviço da economia criativa? Já pensou em compartilhar seus bens ou habilidades? Conta pra gente!