Como seria o mundo sem Internet?

Como seria o mundo sem Internet?

O mundo digital já é tão interligado com o mundo real que a gente nem percebe mais as diferenças. Tudo está interconectado e é difícil distinguir o real do digital. Mas você já pensou em como seria a sua vida em 2018 se não existisse a Internet?

Das coisas mais pontuais que vêm primeiro à mente, estão as redes sociais. Facebook, Twitter, Instagram, Whatsapp: tudo isso não existiria. Comunicar-se com outras pessoas seria uma tarefa tão complicada quanto antigamente: contar as novidades para alguém só pessoalmente ou por carta, e as notícias somente no jornal impresso, na TV ou no rádio. De acordo com o Education Database Online, se a Internet não existisse, já teria sido gasto mais de 6 trilhões de dólares em selos de carta – isso só nos Estados Unidos e contando somente até 2012!

Essas redes sociais são responsáveis também pela criação de milhões de postos de emprego no ramo da tecnologia da informação, além de servir como mural para publicação e compartilhamento de vagas ao redor do mundo. Se elas não existissem, você provavelmente procuraria emprego entregando currículos nas empresas, tudo em papel.

Esse negócio de educação online também estaria de fora. Cursos livres e graduações à distância não existiriam, e isso refletiria diretamente no nível de ensino e de profissionalização das pessoas. Com a facilidade de poder estudar sem sair de casa, além dos valores muito mais em conta, é enorme o número de usuários que usufruem da Internet para aperfeiçoar os seus conhecimentos ou se reinventar. Sem essa ferramenta, o âmbito profissional, no mundo como um todo, certamente seria menos desenvolvido.

Nada de driblar o trânsito com aplicativos de GPS colaborativo, como o Waze, em que você pode avisar as vias que têm trânsito ou acidentes. A colaboração, inclusive, que é muito impulsionada pela grande rede, seria um tema muito menos difundido. Isso faria com que ficasse difícil pesquisar sobre diferentes visões acerca de um mesmo assunto, já que tudo estaria num livro ou numa grande enciclopédia. Quase que cravado em pedra: se alguma informação de um livro muda durante o processo de impressão, ela vai ficar desatualizada mesmo, até que seja lançada uma nova versão. Não existe a opção “editar” no mundo real.

Ouvir música só se você tivesse a mídia física do álbum e um lugar para tocá-lo. Fazer aquela corrida matinal escutando suas músicas só seria possível se você levasse consigo um discman ou um rádio portátil – ou você ficaria ouvindo o mesmo CD no repeat, ou teria que se contentar com o que tocasse na estação.

Tá pensando em comprar uma TV nova? Você vai precisar separar um dia inteiro para andar de loja em loja até achar um modelo que goste e comparar os valores. Ainda assim, nem daria para saber o que os outros usuários do mesmo produto acharam dele, dos prós e dos contras. Tinha que ser na base da confiança no vendedor mesmo, exigindo um esforço físico (de correr atrás dos produtos) e mental (de ter que lidar com a incerteza de o produto ser bom ou não).

Embora seja muito mais fácil estudar e comprar algo com a ajuda da internet, dentre as conquistas mais importantes trazidas pela ferramenta está o poder de participação que os cidadãos adquiriram. Na sociedade da informação, todos podem se expressar e emitir sua opinião a qualquer momento. A cultura participativa é cada vez mais difundida, tornando possível a existência de comunidades virtuais, sejam elas para construir o que chamamos de inteligência coletiva ou para compartilhar gostos em comum. Além da facilitação nas atividades rotineiras do dia-a-dia, a difusão da Internet põe nas mãos do usuários o poder de decidir, discutir e tomar as rédeas da situação. O mundo online fez com que nos tornássemos muito mais empoderados e informados, seja sobre a previsão do tempo na cidade ou sobre a conjuntura política de um país do leste europeu.